Quer dizer...pelo menos, por enquanto, o bichinho tá com uma carninha na boca... Trem difícil credo, há coisas que a gente tem que admitir que não dá conta mesmo. Como, por exemplo, fazer a declaração (e olha que nem bens eu tenho...kkkkk). Isso deve ser pra nos provar que sempre vamos precisar de outros que nos ajude. Ótimo exercício para confessarmos a quem amamos que precisamos deles. Valeu Michis, graças ao seu pacto com o "Oculto saber dos cálculos" eu não cairei na malha fina, e põe fina porque ôh vidinha pobre!
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Depoimento
Oi amigos, hoje de manhã recebi um e-mail, encaminhado. Não conheço a autora, na verdade não conheço nem o meu colega que enviou a mensagem. Você pode estranhar isso, mas taí uma das muitas coisas boas criadas a partir da greve dos profs da rede estadual daqui de Minas em 2010: uma rede de contatos enoooorrrme!
Bom, sobre a mensagem, o texto é um depoimento de uma professora, compartilho com ela muitos dos seus sentimentos, tenho certeza de que muitos outros também. Em alguns pontos eu alteraria, seria mais rude, diria até que o "otimismo" citado pela colega já acabou, pelo menos para mim...
segue o texto. (sem alterações, ao menos de minha parte)
"Eu estava ciente da chacina no Rio, mas até então não tinha parado para ler, nem assistir, a nenhuma reportagem. Porém, teve um dia, enquanto meu avô assistia, nas alturas, a uma reportagem, que me aproximei, atraída pelos gritos de pavor dos alunos, e parei um instante para ver. Cheguei mesmo na hora em que o repórter chamava a atenção dos telespectadores para uma cena, onde um professor, mesmo diante do perigo de perder a própria vida, esvazia a classe, retirando todos os alunos, para somente depois correr e deixar o local da chacina.
Diante da situação em que vivemos nas escolas, este ato em nada me surpreendeu, pois quem trabalha nas escolas públicas de Natal, sabe da falta de segurança, e conhece a clientela que temos. Sabemos que temos alunos potencialmente capazes, revoltados, e às margens da sociedade, quesitos suficientes para fazê-lo entrar atirando em uma sala de aula, ao menor sentimento de insatisfação. Isso não é novidade pra ninguém que está inserido no contexto escolar.
Mas não estou aqui para falar da falta de segurança nas escolas, nem tampouco para lamentar o triste ocorrido, porque isso já é pauta de todos os assuntos na internet, jornais, revistas e rodas de amigos no Brasil. Estou aqui para falar sobre aquele professor, que eu vi, que se arriscou para salvar a vida de seus alunos.
Fiquei emocionada com a cena, pois conheço váááários professores que teriam feito a mesma coisa. Está no nosso consciente, quando estamos em sala de aula, somos responsáveis por cada uma daquelas crianças sob nossa tutoria. Ele poderia ter saído correndo para salvar a própria vida, mas não, ao invés de gritar "salve-se quem puder" ele decidiu ficar, tirar os alunos do local, e depois correr. Ele fez certo? Sinceramente não sei responder! A única coisa que sei é que exemplares como este estão todos os dias em nossas escolas públicas, quentes, superlotadas, e inseguras, se arriscando, e sendo desrespeitados por esses mesmos alunos que, em uma situação como esta, ele seria capaz de salvar. São verdadeiros heróis!
Me indigno ao ver o desrespeito (falta de valorização por parte dos governantes, a falta de autonomia, a falta de reconhecimento dos alunos e de suas famílias) com os professores.
E tenho certeza que o desmantelo social ainda não está pior graças a eles, que, mesmo diante de tanta ingratidão, não desistiram, ainda, do seu papel de educador e transformador.
Eles AINDA acreditam na mudança. Porém, não podemos abusar do otimismo desses profissionais, porque se atos como estes se tornarem frequentes, duvido muito que alguém queira ser "suicida"."
Romeica Cristina (professora)
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Mais uma...
Agora, que já não basta enfiar nos professores papéis de pais, seremos também responsáveis pela família!!!!
OS primeiros "voluntários" saõ os profs do interior, devem ser aqueles mesmos que participaram da campanha eleitoral. Bom, cada um tem o seu direito de livre escolha de voto e simpatia...
Eu só quero saber quem - pelo amor de Deus, acredita que um professor, habilitado em uma disciplina, pode de fato mudar a realidade de uma família, porque há inúmeros motivos para que haja evasão, ou para que um pai não participe da vida escolar de um filho (justos ou não).
Iniciei minha carreira de magistério em Barroca, um subdistrito de Mariana, numa comunidade de não mais que 200 pessoas, lá as crinaças levantam às cinco horas da manhã para trabalhar na roça ou na produção de cachaça. Isso é tão oficial que, o ensino fundamental é noturno, cansei de ver alunos irem à escola para jantarem ou mesmo para dormirem. sono mais que justo, ou você acha que não!?
Os que desejam continuar estudando seguem a mesma rotina, com um detalhe, devem correr para se aprontarem e pegarem a condução que os levam até Cachoeira do Brumado, ah sim o curso também é noturmo, e sim, se quiserem estudar mais, que se mudem para Mariana...
O caso é o seguinte, não é colocando professores batendo de porta em porta que vai solucionar o problema. Aliás, não há muita diferença entre aqueles alunos que lá tive com os que tenho aqui em BH. O que TALVEZ melhoraria a permanência na escola seria a EFETIVAÇÃO de profissionais da área de saúde mental. Todos: pais, alunos e professores, todos nós estamos doentes, submetidos todos os dias a tantas violências morais, falta educação no seu sentido mais primário, falta gentileza. Falta governo e sociedade enxergarem que não é dando mais atribuições ao professor que alguma coisa vai melhorar...
A gente fica aqui pensando...
A gente fica pensando que não há mais nada de ruim pra acontecer, pelo menos nada que nos assusute tanto.
Pois é, e não é que acontece?
Fiquei pasma, no sábado de manhã as revistas Isto É, e Veja já traziam edições inteiras dedicadas ao "Monstro" ou ao "Massacre"... Agora Wellington era amante de atentados terroristas, perturbado, esquisito, psicopata...
Sim, é bem possível, mas nascem e se criam Wellingtons todos os dias, nossas escolas são os maiores celeiros, nosssas babás eletrônicas asseguram com seus desenhos estressantes (no meu tempo os personagens não berravam como os de agora) que a mensagem seja bem apreendida, nossa sociedade finge preocupação e delega aos professores a responsabilidade de pais... Nossos pais acusam a escola de não ensinarem os seus filhos... E assim valores vão se invertendo.
Faltam o mínimo de gentileza e delicadeza.
Os assassinatos em Realengo foram mesmo muito chocantes, e nos assusta, pois por mais que prevejamos coisas tão ruins - porque não há mais abismos na sociedade (logo também não na educação), já estamos neles há muito - no fundo (sem trocadihos), desejamos que não ocorram jamais, que nunca sequer se avultem.
Mas, não é assim, estamos dizendo, falando, protestanto, gritanto que algo de muito podre está acontecendo, que não somos assim tão privilegiados, que não vivemos numa sociedade pacífica.
Chocados, mas não surpresos, tristes mas não ao ponto de acharmos que não seremos mais capazes de passar por isso, porque infelizmente já passamos por tudo isso todos os dias, em doses diabolicamente homeopáticas. Todos os dias um professor apanha, todos os dias um aluno morre fora dos portões da escola e às vezes até mesmo dentro. Não me lembro dos jornais invadirem meu café da manhã, minha noite de descanso na sexta ou meu almoço de domingo porque um aluno foi agredido moralmente, não nessa intensidade.
De fato, é uma tragédia, mas se torna mais trágico não pelo fato em si, um ser humano aniquilar tantas vidas de uma só vez em uma escola - suposto lugar seguro (venhamos e convenhamos, qual foi a última vez que você foi à escola? Por um acaso ela parecia mesmo ser segura? E segura de quem; dos alunos, dos porfessores, dos poais, dos traficantes, da polícia? ), mas porque somos agredidos pelo fato, feridos em nossa cidadania, e ainda bombardeados por tanta espetacularização da violência.
E ficamos assim, depois de manhã será a missa de sétimo dia, depois mais alguns dias de mídia e enfim ficaremos mai um avez esquecidos, até que...
terça-feira, 5 de abril de 2011
Pra início de conversa
A postagem inicial é crítica.
muito crítica, tão crítica que não quer sair agora,...
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